Um acidente vascular cerebral (AVC) não costuma ser silencioso. Frequentemente ele dá algum sinal de que está se aproximando. É preciso ter cuidado! O AVC é uma das doenças que mais mata no mundo, assim como é a maior causa de incapacidade da população com idade acime dos 50 anos. O comprometimento devido as sequelas vai depender, em grande parte, do tempo gasto para o primeiro atendimento. Portanto, ao primeiro sinal de sintoma, chegue o mais rápido possível a um centro de referência.
Mas afinal, o que é o AVC? É um entupimento ou ruptura de um vaso sanguíneo do cérebro; essa doença acontece de duas formas:
Oitenta por cento dos casos de AVC são isquêmicos e 20% hemorrágicos. Isso significa que, na maioria das vezes, é possível reverter se houver intervenção médica em um centro de referência.
Detectar os primeiros sintomas é fundamental. E quais são? Dores de cabeça súbita e sem causa aparente, dificuldade de fala e dormência nos membros podem ser sinais de que o AVC está se avizinhando. Também são sinais do acidente vascular cerebral um quadro de confusão mental, alteração na fala e na visão repentinos. Se perder o equilíbrio e a coordenação, também fique alerta.
Tempo é um fator crítico no tratamento
Um dos tratamentos na fase aguda do AVC pode ser feito através da trombólise, que é a administração de um remédio na veia que dissolve o coágulo, só pode ser feito até 4 horas e 30 minutos após o seu início. Quanto mais precoce o atendimento, melhores os resultados.
Outro fator indispensável ao prognóstico (que é predição do curso ou do resultado provável de uma doença) do paciente que sofre um AVC é a qualidade do pronto atendimento. Ou seja, ao escolher um Pronto Socorro para levar o seu familiar, amigo ou conhecido, pense numa unidade de referência de atendimento ao AVC, formada por médicos, enfermeiras e vários tipos de terapeutas experientes, além de estrutura condizente.
Portanto, para chegar rápido a estas unidades hospitalares de referência é importante conhecer o telefone do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que faz o transporte pré-hospitalar no Brasil – 192.
E, se você tem um plano de Saúde com serviço pré-hospitalar, conheça esse número e o tenha sempre à mão.
O aplicativo AVC Brasil (gratuito pra Android e Iphone) também é uma ferramenta muito útil para conhecer o Hospital mais próximo que presta atendimento ao AVC agudo. O App disponibiliza endereço, telefone e mapa com georreferenciamento. Além disso, permite salvar um perfil com contato de emergência, lembra os sintomas cardinais e o número do SAMU.
Baixe o app:
Para Android
https://play.google.com/store/apps/details?id=br.com.deway.avcbrasil&hl=pt_BR
Para iPhone
https://itunes.apple.com/br/app/avc-brasil/id1074058079?mt=8
O que é um centro de referência para o tratamento do AVC?
Os critérios são definidos pelo Ministério da Saúde e são divididos entre Centro de Atendimento de Urgência Tipo I, Tipo II e Tipo III. Em linhas gerais, eles precisam ter estrutura específica e staff preparado. Veja a seguir o que os diferencia:
Tipo I:
Estabelecimentos hospitalares que desempenham o papel de referência para atendimento aos pacientes com AVC, os quais disponibilizam e realizam o procedimento com o uso de trombolítico, conforme Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas por escrito.
Tipo II
Além dos quesitos necessários para o Tipo I, deve contar com Unidade de Cuidado Agudo ao AVC (U-AVC Agudo). Necessita também de área física definida, no mínimo, com 5 leitos, exclusivamente destinados ao atendimento do paciente com AVC (isquêmico, hemorrágico ou acidente isquêmico transitório), durante a fase aguda (até 72 horas da internação), oferecendo, inclusive tratamento trombolítico endovenoso para o AVC isquêmico. O atendimento é feito de forma multiprofissional, coordenado por neurologista inclui fisioterapia e fonoaudiologia.
Tipo III
Além dos quesitos necessários para o Tipo II, deve contar com Unidade de Cuidado Integral ao AVC (U-AVC Integral). A U-AVC Integral inclui a U-AVC Agudo, podendo compartilhar ou não o mesmo espaço físico. É necessário possuir, no mínimo, 10 leitos e objetivar o atendimento da totalidade dos casos de AVC agudo admitidos na instituição (exceto aqueles que necessitarem de terapia intensiva e aqueles para os quais for optado por suporte com cuidados paliativos). Tem, também, o papel de dar continuidade ao tratamento da fase aguda, reabilitação precoce e investigação etiológica completa. Deve contar com Ambulatório especializado para dar suporte à Rede (preferencialmente próprio ou referenciado).
Referências:
Artigos acadêmicos
https://scholar.google.com.br/scholar?q=rede+avc+brasil&hl=pt-BR&as_sdt=0&as_vis=1&oi=scholart
Rede Brasil AVC
http://www.redebrasilavc.org.br