A campanha visa dar mais atenção e suporte para os milhares de brasileiros portadores de dispositivos cardíacos eletrônicos, cuja função é regular os batimentos cardíacos. No Brasil, há cerca de 300 mil pessoas utilizando o dispositivo, já no Estado, de 2000 a 2012, há três pessoas.
O cirurgião-cardiovascular, membro do DECA (Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial) e Diretor Superintendente do Hospital do Coração de Mato Grosso do Sul, Dr Mauro Cosme Gomes Andrade, diz que as maiores dúvidas dos pacientes e dos parentes são as possíveis interferências de celulares e de outros aparelhos eletrônicos (micro-ondas, portas giratórias) com o marca-passo.
Foram distribuídas cartilhas e explicações presenciais com o auxílio de painéis ilustrativos, para esclarecer a população sobre os principais dispositivos eletrônicos implantáveis cardíacos, suas indicações, cuidados pré e pós-operatórios, limitações para prática de esportes e possibilidades de interferências. Paralelo a isso, a campanha também alertou a opinião pública sobre a necessidade de melhorar o acesso dos pacientes que precisam desses dispositivos e ao profissional médico, principalmente no Sistema Único de Saúde, uma vez que atualmente muitas pessoas morrem na fila de espera por um implante.
Segundo dados do Censo Mundial de Marca-passos e Desfibriladores, o Brasil perde nesses procedimentos para países vizinhos como Argentina, Uruguai e Chile. Por aqui são implantados 199 marca-passos por milhão de habitantes, enquanto no Chile são 216, na Argentina 382, no Uruguai 578 e em Porto Rico 606 marca-passos por milhão de habitantes.